É um tópico que muitas pessoas têm informado, e desinformadas, opiniões sobre: demônios na Bíblia. Leia este trecho da Bíblia de Estudo Arqueológico para obter uma visão real sobre o tema.
- Demônios na Bíblia
- Demônios na Bíblia… no Antigo Oriente Próximo
- Demônios na Literatura Judaica Não Bíblica
- TOBIAS
- SOLOMON
- Demônios na Bíblia: Antigo Testamento
- Demônios na Bíblia: O Novo Testamento demonstra duas realidades sobre os espíritos maus: Jesus sozinho (Lc 4:41) tem poder absoluto sobre eles, mas isto era uma questão de autoridade divina, não magia ou feitiçaria. O Novo Testamento zomba das reivindicações dos mágicos descrevendo a sua incapacidade de lidar com espíritos reais. Os esforços fracassados de Simão o feiticeiro (Ac 8:9-24) e dos filhos de Sceva (Ac 19:14-16) para obter autoridade apostólica ilustra o ponto que os milagres do Novo Testamento não tinham nada em comum com a magia antiga.
- Vozes antigas
- – Tobias Takes Sarah as His Wife and Thwarts a Demon, According to the Book of Tobit
- From Tobit 7:10-8:3 (Rahlfs’ Septuagint), trans. por Duane Garrett
- Aprenda mais
Demônios na Bíblia
Muitos leitores assumem que a crença em demônios atestada no Novo Testamento é simplesmente uma função da participação de seus autores nas crenças e práticas supersticiosas de todos os povos antigos. A questão da realidade dos demônios, naturalmente, não pode ser resolvida pela arqueologia. Os pesquisadores podem demonstrar, entretanto, que a noção de que os escritores do Novo Testamento simplesmente compartilharam as visões pré-científicas de seus contemporâneos é simplista e enganosa.
Demônios na Bíblia… no Antigo Oriente Próximo
A sociedade do Antigo Oriente Próximo foi inundada por textos contendo encantamentos mágicos e amuletos destinados a proteger as pessoas de espíritos malignos (feitiços para defesa contra demônios são chamados de “feitiços apotropaicos”). Por exemplo, um dos temidos demônios da época Neo-Assíria era a figura feminina de cabeça de leão Lamashtu, que se pensava especialmente em atacar mulheres grávidas e bebês. Para proteção as mulheres usavam um colar com um pingente do deus Pazuzu. Um enorme número de feitiços apotropaicos sobreviveu da Babilônia, empregando palavras mágicas e rituais envolvendo plantas, partes de animais e outros objetos sagrados. Ainda hoje no Mediterrâneo oriental não é raro ver amuletos destinados a afastar o “mau-olhado”
Demônios na Literatura Judaica Não Bíblica
A literatura judaica antiga também era fascinada pela magia como meio de lidar com demônios. O livro apócrifo de Tobit conta a história de uma “Sara, filha de Raguel”, que tinha sido casada – e viúva na sua noite de núpcias através da intervenção do demônio Asmodeus – sete vezes. Entretanto Tobias, o filho do Tobit cego, viajou para a mídia, onde Sara viveu, viajando na companhia de um homem que acabou sendo o anjo Rafael.
TOBIAS
Quando Tobias estava sentado junto ao rio Tigre, um peixe tentou comer o seu pé. Raphael instruiu Tobias a agarrar o peixe e extrair seu fel, coração e fígado. Se ele queimasse o coração e o fígado na presença de um indivíduo afligido por um demônio, essa pessoa seria libertada. Chegando na mídia, Rafael informou Tobias que iria se casar com Sarah, mas que poderia frustrar o demônio, Asmodeus, queimando o fígado e o coração do peixe quando ele fosse ter com ela. Tobias tomou Sarah como sua esposa em segurança, depois do que ele usou o fel do peixe para curar a cegueira do pai.
SOLOMON
O testemunho de Salomão ilustra ainda mais a crença generalizada na magia apotropaica. Esta é uma obra pseudo-pigráfica (que falsamente afirma ter sido escrita por uma pessoa famosa do Antigo Testamento) atribuída a Salomão. Nesta obra, Salomão recebeu um anel poderoso do anjo Miguel. Com ele ele ele poderia aprisionar ou controlar demônios e livrar as pessoas da aflição. Por exemplo, Salomão forçou o demônio Lix Tetrax a ajudar a construir o templo atirando pedras para os obreiros.
Demônios na Bíblia: Antigo Testamento
O Antigo Testamento é notavelmente reticente sobre os espíritos malignos, tanto que parece não ter uma demonologia desenvolvida. Mesmo assim, três fatos se destacam:
Não há encantamentos, rituais ou amuletos prescritos para dar a um indivíduo proteção contra os espíritos. Considerando o quanto da Torah é dedicada ao ritual e aos objetos sagrados, esta é uma omissão notável. Diz-se que Deus tem autoridade total sobre os espíritos, que não podem operar no mundo sem a sua aprovação. Se um “espírito mentiroso” sai, é somente com o consentimento divino (1Ki 22:23; cf. Jó 1-2). A principal preocupação dos escritores do Antigo Testamento era que as pessoas evitassem procurar aproveitar-se de poderes mágicos através do contato com espíritos (por exemplo, Dt 18:10-12).
Demônios na Bíblia: O Novo Testamento demonstra duas realidades sobre os espíritos maus:
- Jesus sozinho (Lc 4:41) tem poder absoluto sobre eles, mas isto era uma questão de autoridade divina, não magia ou feitiçaria.
- O Novo Testamento zomba das reivindicações dos mágicos descrevendo a sua incapacidade de lidar com espíritos reais. Os esforços fracassados de Simão o feiticeiro (Ac 8:9-24) e dos filhos de Sceva (Ac 19:14-16) para obter autoridade apostólica ilustra o ponto que os milagres do Novo Testamento não tinham nada em comum com a magia antiga.
Jesus não tinha utilidade para os espíritos demoníacos e não procurava empregá-los para fazer o seu lance.
Vozes antigas
E ele explicou o assunto (do desejo de Tobias de casar com Sara)* a Raguel, e Raguel disse a Tobias: “Come e bebe, e alegra-te esta noite. Pois é justo que você se case com o meu filho. Devo, no entanto, explicar-lhe a verdadeira situação. Eu a dei a sete homens, e eles morreram durante a noite, quando foram até ela. Mas por agora, seja feliz.”
Mas Tobias disse: “Não provarei nada aqui até que você resolva as coisas comigo.”
E Raguel disse: “Receba-a a partir deste momento, de acordo com a sua decisão. Você é parente dela, e ela é sua. Que Deus, o Misericordioso, te guie e te faça prosperar maravilhosamente.”
Então Raguel chamou a sua filha Sarah, e pegou-lhe na mão e apresentou-a a Tobias como sua esposa. E ele disse: “Agora, de acordo com a Lei de Moisés, recebe-a e vai ter com o teu pai.” E ele os abençoou. Então chamou por Edna, sua esposa; tomou um pergaminho, escreveu uma certidão de casamento e a selou. Então eles começaram a jantar.
Raguel então dirigiu-se à sua esposa Edna e disse-lhe: “Querida, prepara o outro quarto, e leva-a lá”. E ela fez como ele disse e levou-a lá; e ela chorou.
Então ela enxugou as lágrimas da filha e disse-lhe: “Toma coragem, filha! Que o Senhor do céu e da terra te dê alegria em vez desta tristeza”. Toma coragem, filha!”
Quando terminaram de jantar, levaram Tobias até ela. Ao entrar, Tobias lembrou-se das palavras de Rafael, e pegou algumas brasas de incenso e colocou o coração e o fígado do peixe sobre eles para que produzisse fumaça. Quando o demônio sentiu o cheiro da fragrância ele fugiu para o mais remoto Alto Egito, e o anjo Rafael o amarrou.
*Palavras entre parênteses adicionadas pelo tradutor onde o texto tem lacunas
– Tobias Takes Sarah as His Wife and Thwarts a Demon, According to the Book of Tobit
From Tobit 7:10-8:3 (Rahlfs’ Septuagint), trans. por Duane Garrett
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