No tratamento das pseudartrose distal do fémur, a infecção deve ser excluída. Entretanto, é difícil determinar se a pseudartrose está infectada ou não com história negativa e sinais de infecção. O objetivo deste estudo foi investigar a infecção indolente como causa da suposta pseudartrose asséptica distal do fêmur. Todas as pseudartroses assépticas distais do fêmur tratadas de 1998 a 2008 foram revistas retrospectivamente. Qualquer paciente com suspeita de infecção clinicamente foi excluído. Múltiplas culturas de tecidos foram realizadas no local da pseudartrose. Os principais resultados foram analisar a taxa de culturas positivas na pseudartrose asséptica distal do fêmur presuntivo e comparar a taxa de cirurgia secundária em grupos de culturas positivas e negativas. Dos 22 pacientes, 3 (13,6%) tiveram resultados positivos em cultura. Os organismos cultivados foram Staphylococcus aureus, Staphylococcus epidermidis e Enterobacter cloacae. A taxa global de infecção foi de 9,1% (2/22), e um paciente foi submetido a um procedimento secundário. No grupo de fraturas abertas, 2 de 10 pacientes (20%) tiveram culturas positivas; todos desenvolveram infecção. No grupo fechado, 1 de 12 pacientes (8,3%) teve resultados positivos de cultura, mas a infecção não ocorreu no paciente com um tratamento antibiótico intravenoso de 3 semanas. A taxa de infecção pós-operatória foi de 67% (2/3) nos pacientes com culturas intra-operatórias positivas, enquanto 0% (0/18) no grupo com culturas intra-operatórias negativas (p<0,001). A presença de infecção indolente pode ser verificada em pacientes com pseudartrose asséptica presuntiva de fraturas distais do fêmur pela obtenção de culturas de tecido intra-operatórias. Os resultados positivos da cultura intra-operatória foram relacionados com infecção pós-operatória.