Yalta Conference, reunião (4?11 de fevereiro de 1945), em Yalta, Crimea, URSS, do primeiro-ministro britânico Winston Churchill, do presidente dos EUA Franklin Delano Roosevelt e do primeiro-ministro soviético Joseph Stalin. A maioria das decisões importantes tomadas permaneceram em segredo até o final da Segunda Guerra Mundial por razões militares ou políticas; o texto completo de todos os acordos não foi divulgado até 1947. Os conferencistas de Ialta confirmaram a política adotada na Conferência de Casablanca de exigir a rendição incondicional da Alemanha. Foram feitos planos para dividir a Alemanha em quatro zonas de ocupação (americana, britânica, francesa e soviética) sob uma comissão de controle unificada em Berlim, para julgamentos de crimes de guerra e para um estudo da questão das reparações. Também se chegou a acordo sobre a reorganização do governo polaco de Lublin (apoiado por Estaline) numa base democrática mais ampla, que incluiria membros do governo polaco de Londres no exílio, que os Aliados ocidentais tinham apoiado. Os conferencistas decidiram pedir à China e à França que se juntassem a eles no patrocínio da conferência fundadora das Nações Unidas, a ser convocada em São Francisco em 25 de Abril de 1945; chegou-se a acordo sobre a utilização do sistema de veto na votação do projectado Conselho de Segurança. Foram planejadas futuras reuniões dos Ministros dos Negócios Estrangeiros dos Três Grandes. A URSS concordou secretamente em entrar na guerra contra o Japão dentro de três meses após a rendição da Alemanha e foi prometida S Sakhalin, as Ilhas Kuril e uma zona de ocupação na Coreia. O acordo secreto que respeitava a disposição dos bens japoneses também previa que o porto de Dalian (Dairen) fosse internacionalizado, que Port Arthur fosse restaurado ao seu estatuto antes da Guerra Russo-Japonesa de 1904?5 como base naval russa e que as ferrovias da Manchúria estivessem sob administração conjunta chinês-soviética. Mais tarde, a China protestou que não foi informada destas decisões relativas ao seu território e que a sua soberania foi violada. Os Estados Unidos e a Grã-Bretanha também concordaram em reconhecer a autonomia da Mongólia Exterior e em admitir a Ucrânia e a Bielorússia (Bielorússia) nas Nações Unidas como membros de pleno direito. Os acordos de Ialta foram disputados mesmo antes da Conferência de Potsdam, mais tarde, em 1945. A subsequente eclosão da guerra fria e os sucessos soviéticos na Europa Oriental levaram a muitas críticas nos Estados Unidos da Conferência de Ialta e de Roosevelt, que foi acusado de entregar a Europa Oriental ao domínio comunista.
Veja estudos de R. Buhite (1986), F. J. Harbutt (2010), e S. M. Plokhy (2010).